Ao contrário da Robinson, a fábrica de lanifícios estava encerrada e sem laborar há bastante tempo. Estive lá uma semana antes dos teares saírem para um país estrangeiro. Havia sinais de abandono súbito, como que numa reacção de pânico face a uma catástrofe: os carrinhos de linha estavam carregados, peças de tecido a meio do processo de elaboração, desperdício de limpeza, tampas abertas, e só as fitas à volta dos equipamentos atestava a falência e insolvência da empresa. Credores de um lado e trezentos trabalhadores do outro, em algumas imagens que falam de um vazio e de um silêncio, onde só as máquinas afirmam as suas personalidades.
Sala dos Teares
1 comentário:
Porquê? Tinha tanto para dar...enfim.
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